7 ETAPAS DE UM PROJETO FTTH

Publicado em: 13 de junho de 2024

7 etapas de um projeto FTTH

Planejamento é algo importante para qualquer área da nossa rotina. E não é diferente em redes ópticas, onde o projeto FTTH é um grande diferencial, seja para sua primeira rede, ampliações ou atendimento em outras regiões, melhorando na tomada de decisão da região, equipamentos e o investimento a ser feito.

Abaixo, resolvemos abrir a caixa preta da Smart Telecom, mostrando o passo a passo de qualquer projeto que confeccionamos, contribuindo para melhorar a performance de nossos parceiros provedores ISP.

1º Etapa: Análise de Mercado

Muitas vezes negligenciada, essa é a etapa mais importante do nosso projeto. Aqui, é feito um estudo sobre quais provedores atendem aquela região, quais são os planos e valores que são oferecidos, índice de satisfação de clientes, entre outros.

A importância dessa análise inicial é exatamente entender melhor o perfil de cliente: se ele prioriza preço, qualidade, serviço, entre outros; além de entender também o perfil de seu concorrente: análise de pontos fortes e fracos, por exemplo.

2º Etapa: POP

Outra etapa importante: onde que vai ficar minha OLT? Vai ser um projeto centralizado, com uma única OLT ou será um projeto em ilhas, onde várias OLTs alimentarão aquela região? Como será a disponibilidade de link para esse região?

Perguntas essenciais para estimar o investimento inicial e o grau de complexidade da infraestrutura óptica.

FIG 01 - Exemplo de Projeto com OLTs Distribuídas

3º Etapa: Postes

Aqui, literamente, coletamos as coordenadas de cada poste de sua concessionária, analisando as características de cada poste (futuramente, seja preciso confeccionar um projeto de compartilhamento de postes), analisando a ocupação dos postes, e tentamos evitar ao máximo lotar ainda mais um poste já muito ocupado. Além disso, também sugerimos, se for o caso, implantação de novos postes.

Essa etapa também é muito importante também devido ao levantamento de equipamentos que fazemos, como BAP, SUPAS, ALÇAS, Arames, entre outros.

FIG 02 - Levantamento de Postes

4º Etapa: Distribuição de Equipamentos Ópticos (CTOs, CEOs e Cabos (Primária e Secundária))

Aqui, literamente iremos por a mão na massa! De acordo com a taxa de penetração, ou seja, a porcentagem de atendimentos sobre total de pontos de atendimentos naquele região, isso que vai definir a posição de cada Caixa de Terminação Óptica. O tipo de splitter de atendimento [1x8 ou 1x16] também é outro fator que influencia na alocação das CTOs.

Porém, temos uma máxima: É MELHOR INVESTIR EM CTO DO QUE EM DROP PARA ATENDIMENTO!!!

FIG 03 - Distribuição de CTOs para atendimento 1x16 ATENDIMENTO 

Após a alocação das CTOs, iremos para a Caixa de Emenda Óptica (CEOs), onde suas principais funções serão:

  1. Alocar o Splitter de Nível 01;
  2. Derivações para outros cabos da nossa rede primária, a construir uma rede de backbones;
  3. Pontos estratégicos para expansão em outras regiões que pretende atender futuramente;

Aqui, começamos a organizar as CÉLULAS DE ATENDIMENTOS, que nada mais é que o conjunto de CTOs que serão alimentadas por uma porta PONFIG

FIG 04 - Exemplo de duas células de atentimento, com 8 CTOs(com Splitter N2 de 1x8) cada célula (ou ramal)

Geralmente, a topologia fica:

PORTA PON - 1 FIBRA DO BACKBONE - SPLITTER N1 DA CEO - CONJUNTO DE CTOS 

FIG 05 - Exemplo de Rede Primária, com o posicionamento das CDRs

Por fim, temos os cabos ópticos, onde a premissa máxima é:Nº DE FIBRAS ATIVAS = Nº DE FIBRAS RESERVAS, ou seja, se eu tenho um cabo de 12FO, iremos utilizar 6 fibras e as outras 6 fibras, ficará para uma possível ampliação.

Temos que lembrar que a fibra óptica é o presente e o futuro!! Independente se for EPON, GPON, XGPON ou derivadas, os avanços da fibra óptica se resumem nos ativos!! Ou seja, o que a gente puder deixar uma rede passiva preparada para o futuro melhor... Até por que, já passamos da época de lançar uma rede sobre a outra, não é mesmo?

5º Etapa: Orçamento de Potência + Documentação da Rede

A documentação da rede é super importante, já que facilita, por exemplo, anaálise de futuros problemas que podem acontecer (rompimentos, diminuição de sinal óptico) e também de futuras ampliações. Já pensou usarmos algumas fibras para atender uma nova região, sendo que essas fibras já estão sendo utilizadas em sua rede atual?

Além disso, devemos salientar a redução de custo que isso causa. A rede FTTH documentada reduz a operação sobre manutenções que possa vir ocorrer, ou seja, menos horas que sua equipe técnica vai levar para solucionar o problema. Já a importância de ter o orçamento de potência é ter o "diagnóstico da sua rede". Saber o sinal de seus pontos críticos facilita em diagnósticos de possíveis problemas, qualidade do serviço prestado, entre outros.

6º Etapa: Cotação de Equipamentos

Aqui, entregamos uma lista dos equipamentos que serão necessários para a execução de sua rede, desde a nossa Central, Ferragens e equipamentos ópticos.

Outro diferencial é a questão do projeto ser executado de maneira setorizada, fornecendo também os equipamentos por etapa da execução.

7º Etapa: Execução + Certificação de Redes

Por fim, chegamos na execução do projeto! Outra dica que damos é: colocar o orçamento de potência do lado, executar a rede com a PON ATIVA e ir comparando com o sinal que foi estimado... Assim, já podemos prever alguns problemas que  reduzem o sinal óptico, como fusão mal feita, problema de conectorização, fibra atenuada, enfim.. a ultima massa é: LANÇOU, MEDIU!

Imagem

Robert Marques

CEO - Smart Telecom - Projetos e Consultoria

- Bel. Engenheiro de Telecomunicações
- MBA em Gerenciamento de Projetos
- MBA em Engenharia de Segurança do Trabalho